domingo, 29 de agosto de 2021

RECRIAR ABRIL 23.04.2021

 Recriar ABRIL

Sonho, luta, renovação e esperança…recriar Abril. Travar as crises. Foi paradoxalmente, com os conhecimentos adquiridos na guerra colonial e com a riqueza da revolução cultural dos anos sessenta, que nós, capitães, soubemos preparar com profissionalismo e competência a tomada do poder, em Portugal e também na Guiné, a 25 de Abril de 1974.A adesão popular transformaria estes actos na gloriosa REVOLUÇÃO DOS CRAVOS. Hoje, passados quarenta e sete anos, o Portugal Democrático não tem nada a ver com o Portugal da ditadura. Não confundamos os males de então com os dias extremamente difíceis de “hoje”, que já o eram “ontem” e têm vindo a sê-lo, há tantos, destes anos. Alguns desesperados desabafam: “está tudo como dantes”...”está tudo na mesma “! Não o devem repetir. Isso significa comparar tempos e agonias diferentes. Branquear o fascismo. Sobretudo não devemos fazê-lo pelos mais novos e por quem não viveu o triste passado dum regime, caduco e atrasado, que prendeu as nossas liberdades e consciências e definhou, gravosamente, o nosso desenvolvimento social, cultural e económico. Os desencantos de hoje e respectivas frustrações nada têm a ver com a 25 de Abril. Têm raízes antigas…às quais, fruto duma coligação de interesses, outras se vieram juntar, no país e no globo, que: Resultam da essência e natureza dum sistema predador: -esse sistema tem um nome e anda a monte. -chama-se: “capitalismo”, mascarado de neo-liberalismo, de ultra-liberalismo global…ou de outra exuberante alcunha. Os fautores das sucessivas e recentes crises pretendem agora desmontar um arsenal ideológico de embustes, de adulteração de palavras, de subversão e ilusão de conceitos. Com as governanças da direita, com a governação socialista tímida e agarrada a UE, com a ascensão demagógica da extrema -direita, com a manipulação e mentiras diárias dos OCS, na mão de poderosos e traidores. Sobretudo de ilusão de realidades…dum sacudir de responsabilidades e reverter ainda em benefício próprio as razões que lhe estão na origem! A crise é só de há poucos anos? Claro que não. Ontem e Hoje terá chegado também aos poderosos, mas há muito tempo que a vivemos. Há anos que vimos afirmando que o sistema gera desumanas situações sócio-económicas, com uma aparente e ilusória contrapartida de progresso económico, onde os ricos tem ficado cada vez mais ricos e os pobres, cada vez, mais pobres. Há muito que a economia social foi estrangulada e a vertente financeira (especulação) se sobrepõe à vertente produtiva (economia real). Essa é a crise …mas é só uma das suas faces (também há crise no saber, no conhecimento, na cultura…) como sair dela?” Recriando o espírito de Abril de 1974 poderemos travar a crise? Como? É o desafio! Duran Clemente. Capitão de Abril ontem, hoje e sempre.
Madalena Brito, José Zaluar e 34 outras pessoas
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