terça-feira, 25 de maio de 2021

 Pilões (Elas e Eles)

Dum ventre à infância nos fizeram crianças
Ainda crianças nos vestem armadura
Que de dia para dia constrói uma aliança
A da memória do nosso lar que ainda perdura
Que fortalece o destino e tempera a esperança.
Nascem novos nome:6,12,30,32,37…
Até que reproduzindo o tempo os repete.
Clarim, alvorada, nascer do sol... lustra o convento,
Direita, esquerda, em frente marche, cortamos o vento
Rumo ao porvir, civil ou militar: oficial ou sargento.
A justiça do mestre, professor, instrutor tem seu momento
Na alegria e na dor, eufórico ou deprimido, cresce-se adolescente.
Ser amigo/camarada, honra vertical… ser humano consciente.
No cimentar da construção, pilar a pilar, contradição a contradição,
No ultrapassar de nós mesmos, no “querer é poder”(com alma e coração),
No enobrecer da Nação, dignificar o Instituto, preparados para a luta,
Dum ventre à infância, desta à adolescência, nos fizemos gente adulta.
[2019] Manuel Duran Clemente 19530030

segunda-feira, 17 de maio de 2021

25 de Novembro de 1975 (Várias considerações)

 

  • Glória Mendonça
    Pena não estar nítida !
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  • Isa Clemente
    Ficou nítida na nossa memória. Um abraço capitão de Abril.
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  • Petronila Sobral
    Eu lembro na televisão da cara de Duran Clemente ,era uma alegria ,a esperança estava ali 😢
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  • Meep Happy, smiling face sticker
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  • Jota Monteiro
    Eu estava a ver o programa em directo com o Capitão Duran Clemente a falar acho que sobre a dinamização cultural do MFA e depois a perguntar se não podia continuar e tiraram-lhe a voz e a imagem e hoje sabemos que o autor da contra-revolução foi o grupo dos 9 em obediência a Mário Soares e ao Carlucci que era o Chefe da Cia em Portugal e que acabou com o 25 de Abril ao querer os militares dentro dos quartéis.
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    Leonor Lisboa respondeu
     
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    21 min
  • Dalila Garcia
    É assim que o vejo. Ontem, hoje e sempre!
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  • Norberto Cunha
    Também vi em directo a interrompida intervenção de Manuel Duran Clemente na televisão. Mas, ou a memória me trai, ou as questões que abordou iam muito além da dinamização cultural do MFA...
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  • Matos Serra
    EU TENHO MUITOS ELEMENTOS PARA A COMPREENSÃO DO 25 DE NOVEMBRO... mas os que têm direito a falar são sempre os mentirosos que jugularam a revolução.
    Nenhuma descrição de foto disponível.
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    Mia Lu respondeu
     
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  • Lurdes Galinha
    Estou a ver a foto de 76
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  • Manuel Duran Clemente
    INTERVENÇÃO NA RTP em 25 de NOVEMBRO DE 1975
    (1.-O texto é uma recolha dos autos do tribunal e correspondem, mais ou menos, ao improviso feito pelo Cap. Duran Clemente entre as 20h30 e as 20h49 daquele dia no Telejornal .
    2.-Durante a tarde deste dia, às 15H00, forças militares da Escola Prática de Administração Militar, coordenadas pelo Cap. Duran Clemente, então 2º Comandante daquela unidade, facultam o acesso aos “ecrans” a uma comissão de Para-quedistas, do Regimento de Tancos, com a intenção de esta explicar a razão da sua operação efectuada na noite anterior na Região Centro, considerada apenas de tomada de posição contra o seu Chefe do Estado Maior.)
    1. A. Improviso dito no Telejornal:
    “Infelizmente a RTP não está a ser ouvida em todo o país. Isto acontece porque o emissor da Lousã já está a servir os estúdios do Porto. Há um corte feito por via administrativa e determinado não sei bem por quem!
    Relativamente à antena de Monsanto ( Lisboa ) tivemos noticias de que haveria movimentações dos Comandos ( de Jaime Neves ) para, no local, ela ser desligada e na sequência ser interrompida a emissão destes estúdios.
    Aqui ( nos estúdios da RTP/Lumiar ) a situação é calma e as forças militares estão perfeitamente dispostas a defender aquilo que é de todos nós, sobretudo do povo trabalhador!
    Contrariamente a determinadas insinuações e calúnias, é evidente que não pretendemos a desordem, não pretendemos a falta de autoridade, não pretendemos a indisciplina…nada disso!
    Pretender uma sociedade socialista não é querer a sociedade da “tanga” ou uma sociedade de austeridade inconfortável ou da anti-cultura ou de tudo quanto se difunde pejorativamente…
    Isso é um completo disparate, propalado por forças de direita (por forças da reacção), com o intuito de impressionar os portugueses… Mais uma vez especular e explorar a falta de consciência política. Enfim, aproveitar o obscurantismo de tantos anos… de tantos anos em que o fascismo manipulou o povo português.
    Temos de acabar, de uma vez para sempre, com estas especulações; com esta outra face da exploração, que é mais uma forma de repressão do povo trabalhador português.
    Nós queremos, de facto, a ordem democrática, a disciplina consentida, uma disciplina revolucionária, uma autoridade não-repressiva.
    Queremos sobretudo que as novas estruturas, que as transformações neste processo, sejam criadas sob o ponto de vista dos explorados, sob o ponto de vista dos trabalhadores… isto é, sob o ponto de vista duma maioria que são efectivamente os desfavorecidos face a uma minoria que são (ou têm sido) os exploradores, seus intermediários ou seus lacaios.
    É importante que as pessoas tenham consciência disso!
    Queremos também que não haja mais ambiguidades neste processo. Que se clarifique, de uma vez para sempre, o MFA ( um MFA que tem sido ambíguo ), um MFA cheio de contradições… através das quais se tem afastado cada vez mais das metas a que se propôs.
    Não é recuando…
    É não ter perspectiva histórica, não ter uma perspectiva revolucionária. Não podemos continuar a recuar para atingir o objectivo de uma sociedade socialista.
    O que nós vemos é que ainda há estruturas… ainda há organismos onde existem reaccionários muitas vezes até sem querer sê-lo, sem consciência disso, mas que objectivamente o são. Pessoas que por estarem em determinado lugar através da sua acção: através dos papeis, através das burocracias boicotam muitas vezes até o que já foi decretado pelo Governo.
    Nós sabemos que muitas das pessoas, muitos dos pequenos e médios agricultores, muitos dos pequenos e médios comerciantes têm sido postos contra o processo revolucionário português. É preciso ter a perspectiva de que não são os erros das forças progressistas que põem as pessoas contra o processo.
    Quem o faz é a acção da “reacção”: é a direcção internacional capitalista. Esquecemo-nos que ela existe? Existe e actua… e aproveita-se, neste País, da ingenuidade, da falta de consciência de muitos de nós e, sobretudo, dos problemas e das alienações, dos vícios e das mentalidades dos próprios militares e, até dalguns dos oficiais do MFA, quando constituídos como sua vanguarda: a das Forças Armadas.
    O MFA não era mais do que uma vanguarda das Forças Armadas contendo oficiais com determinado grau de consciencialização politica… mas muitos outros não tinham qualquer consciencialização política.
    No 25 de Abril o MFA tinha oficiais que sabiam o que era o Socialismo ou a Democracia, mas tinha, muitos que não sabiam o que isso significaria…. Por isso, posso dizer, alguns atingiram o seu “princípio de Peter”, como se costuma dizer, isto é, atingiram o seu limite de competência revolucionária.
    Isto não pode ser!
    Para bem do povo português, para que efectivamente o processo revolucionário prossiga, há necessidade que as coisas se clarifiquem e que aqueles ( sobretudo os oficiais ) que não são capazes, se atingiram o tal limite ( essa competência )… têm que se afastar dele…
    E não podemos permitir que seja nos gabinetes, que seja pela via administrativa………”
    ( … um técnico da RTP: começa a fazer sinais do lado das câmaras… ) (1)
    “Estão-me a fazer sinais, eu não sei se posso continuar… (… dirigindo-se ao locutor, ao “pivot” António dos Santos…) … não posso continuar a falar por razões técnicas é isso!?! Não posso?!? Não posso continuar a falar por razões técnicas? Então continuo daqui a pouco, não poderá ser?! Estava aqui a ser … a minha intervenção estava a ser perturbada pelos sinais dos técnicos… acho que devemos explicar às pessoas com naturalidade… não é verdade?”
    (… locutor/pivot, António Santos: - Perturbar no sentido de elucidação!... )
    “Tecnicamente eu não posso continuar a falar. Continuaria porque gostava de desenvolver este tema. Até para explicar melhor qual é a nossa posição e o que nos trouxe aqui. Está certo?”
    (…António Santos: - Não sei, não sei, realmente qual é o pormenor que neste momento pode limitar ou não…)
    [A emissão é transferida para os estúdios do Porto através da actuação técnica a partir da antena de Monsanto ( Lisboa ) já sob o controlo dos Comandos, após ter sido capturado o colaborador da RTP que possuía a “chave técnica” para a operação.]
    Observações:
    (1) - Este colaborador da RTP que estava de serviço na antena, em Monsanto, contactou um colega dos estúdios do Lumiar, solicitando-lhe para avisar o Capitão Duran Clemente de que não conseguia manter-se escondido por muito mais tempo e que a emissão iria ser transferida para o Porto logo o apanhassem. É esse o significado dos sinais, feitos do lado das câmaras (que filmavam) que levam à perturbação da intervenção supra descrita.
    (2) - Aliás em comunicado feito na RTP muito antes do Telejornal, Duran Clemente havia dito ,mais do que um vez:
    “ Queria também esclarecer o Povo português, que está preocupado ao ouvir- nos, que nós, aqui no Lumiar, estamos perfeitamente bem. É provável que nos silenciem a antena, a partir de Monsanto. Não sabemos o que se passa…. Se, efectivamente, deixarmos de estar nos “ecrans”, é porque a antena ( em Monsanto) foi neutralizada.
    Não se trata de neutralização(ou prisão) do pessoal que está aqui nos estúdios no Lumiar. Quem aqui está pretendia apenas que a voz dos trabalhadores não fosse silenciada.
    Apelo para a serenidade, para a vigilância revolucionária, inteligente e serena de todos os trabalhadores. Unidos venceremos!. “
    Cap. Duran Clemente 25 de Novembro de 1975
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  • Manuel Duran Clemente
    Os capitães para “fazerem” o 25 de Abril tiveram que se organizar. Uma das bases dessa capacidade foi a estreita unidade conseguida em torno dum objectivo, com duas razões:
    * acabar com a Guerra Colonial
    * libertar o país da Ditadura:
    Uns, mais pela primeira das razões e outros, pela segunda que implicava a concretização da primeira.
    Essa tarefa de agregação de esforços e de vontades, entre os militares, começou a tomar forma mais consistente em meados do ano de 1973,depois do Congresso do MDP/CDE em Abril (Aveiro) e sobretudo depois da contestação “dos futuros capitães do MFA” ao Congresso dos Combatentes em Junho (Porto) e à publicação do célebre Decreto-Lei nº353/73.
    Os núcleos dinamizadores desta contestação formaram-se com especial significado na Guiné-Bissau e em Portugal, espalhando-se imediatamente por Angola e Moçambique. Como os militares acabavam as suas missões nas colónias e outros partiam para elas, o intercâmbio entre este movimento, cedo se tornou uma realidade séria e no final de 1973 estavam os capitães decididos a derrubar o sistema, a ditadura!
    Não sem que muitas peripécias tivessem acontecido, até se chegar ao dia da Liberdade, mas foram controladas e neutralizadas ou asfixiadas pela organização e unidade do MFA. Sobre isso está quase tudo escrito. Quase…!
    Alguns dos sobressaltos havidos antes do 25 de Abril de 1974, curiosamente, já eram um indicativo do que haveria de vir a acontecer entre o 25 da Abril (74) e o 25 de Novembro (75), muito em particular no que concerne à tão falada e propalada (e verdadeira) divisão entre os militares…!
    Spínola já fazia avançar os seus homens…para travar os objectivos mais amplos do MFA. Otelo (que começou a conspiração comigo e outros [Salgueiro Maia, por ex.], em Bissau) já denunciava algumas das suas características, e entre os futuros “ MeloAntunistas” e “Gonçalvistas “ era nítida a influência de posições ou simpatias ideológicas, do tipo confronto MDP/CDE(PCP) e CEUD(PS).Duas correntes que conseguiriam estar unidas em questões essenciais…até 28 de Setembro mas cujo percurso comum iria acabar…e acabou quando, no ultimo trimestre de 1974, resolvida a estratégia Politica (democratização e descolonização) se teve de acertar o passo na estratégica Económica (desenvolvimento)…. E não se conseguiu.
    Agudizou-se com a reprovação do Plano Económico Melo Antunes/SEDES…em Fevereiro de 1975 e veio a ser mais contundente com a provocação da “Spinolada” do 11 de Março…que permite aos Gonçalvistas e forças politicas aderentes (mas também aos mais radicais, Otelistas e outros) tentar avançar com os seus projectos de cariz muito mais revolucionário. Nasce o Conselho da Revolução, avançam nacionalizações de sectores fulcrais, a tentativa de uma reforma agrária a sul do país e tenta-se que um projecto inovador, de cariz sócio/politico, tenha pernas para andar.
    Com as eleições para a Constituinte…em que o MFA, com alguma ingenuidade, se faz promotor do SOCIALISMO…(ver cartazes da época) veio a vitória nas urnas dos socialistas, a surpresa(?) de poucos votos para os comunistas e de um nº significativo para os partidos da direita…(revelando um pouco a consequência do obscurantismo e dos fantasmas de meio século de ditadura e de forte influência do clero e de caciques regionais) .
    Mas a Democracia representativa é isto mesmo…!!!
    Só que a esta democracia respondiam outros ânimos que consideravam (mal ou bem) não dever perder, nos actos burocráticos e formais, aquilo que “as portas de Abril” lhe tinham aberto.
    Respirava-se, sentia-se… que os poderosos, que haviam perdido privilégios, se organizavam para os recuperar…e tudo iriam fazer, com justificações habilidosas (entre as quais o papão do comunismo e da guerra civil)…e tudo fizeram para colocar os militares do MFA à zaragata, uns contra os outros, não sem a forte colaboração dos militares(quarta corrente) os “spínolistas” e os que tinham estado de fora da conspiração e da acção libertadora.
    Todo o chamado Verão quente é incendiado por acentuada dissidência entre os que queriam reformas profundas no sistema e os que se contentavam com uma leve brisa de revolução…
    Uns entenderiam que as organizações de base populares, em são convívio com os partidos e uma disciplina militar consentida, poderiam ser os pilares da arquitectura dum sistema político-social outros satisfaziam-se com os modelos tradicionais duma Europa…mais rica e preparada.
    Em paralelo aos avanços revolucionários dos governos de V.Gonçalves caminhavam os militares “ditos moderados” e a eles se juntaram todas as forças políticas das mais conservadoras (provocadores, extrema-direita, saudosistas, etc.) às mais de centro-esquerda …(onde caberiam muitas e diversas tendências com graus de consciencialização política díspares).
    A partir do momento que se permite que a direita e os saudosistas do passado cavalguem a seu belo prazer e [ com apoio directo e/ou indirecto dos militares “ditos moderados”(onde já cabe tudo)] iniciem uma “cruzada” contra os partidos mais à esquerda paradoxalmente também começam (os mesmos/a direita) a propalar a iminência dum golpe de esquerda…(a criação duma comuna de Lisboa,etc.etc.!!!)…
    Tal ideia parece não ter sentido, mas tem!
    Estava criada a justificação para se preparar exactamente o golpe contrário. Chamar-se-ia um golpe de defesa para rechaçar o outro. E tudo se preparou.
    Basta ler o livro editado em 1976 pelo Comandante Gomes Mota “A Resistência/Verão Quente”.Este conta todos os pormenores. E nos anos mais tarde Melo Antunes, Jaime Neves, Ramalho Eanes e mais recentemente Vasco Lourenço e Sousa e Castro não se coíbem de narrar pormenores.
    Vasco Lourenço (V.L.) afirma que (os preparadores do golpe defensivo) não tem outros objectivos se não os de conseguir que a Assembleia Constituinte culmine os seus trabalhos. Que os objectivos divulgados de:
    - afastar Fabião e Otelo, controlar o SDCI(Serviço de Detecção e Controlo de Informação) ,criar o AMI(Agrupamento Militar de Intervenção/órgão superior ao COPCON),destruir a 5ªDivisãoEMGFA,alterar a politica com o MPLA, controlar a comunicação social, resolver os casos Republica e Renascença, eram os objectivos dum plano designado “o Plano dos Coronéis”.
    (CONTINUA) Cap DClemente.
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  • Manuel Duran Clemente
    Continuação,do post anterior.
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    • 1 ano(s)
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  • José Manuel Barbosa Júnior
    Sr. Coronel, se me puder tirar uma dúvida. Os relatores do programa do Movimento dos Capitães foram o Sr. Coronel, o Coronel Carlos Matos Gomes e o Coronel Corvacho, certo? Agradecido pela atenção.
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    • Manuel Duran Clemente
      Não fomos; o principal relator foi Melo Antunes, muito com base nas conclusões do 3º Congresso da Oposição Democrático, em 1973,em Aveiro. Toda a oposição esteve de acordo com os 3 D,s.... plasmados no nosso programa!
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    • José Manuel Barbosa Júnior
      Obrigado, Sr. Coronel.
    • José António Rosado
      Caro Manuel Duran Clemente, a "ser certo o que tenho ouvido"... segue a "fita do tempo" do Documento "O Movimento as forças Armadas e a nação”... PROGRAMA DO MFA:
      1 – Em 24/11/1973, é efectuada, na Casa da Cerca, em S. Pedro do Estoril, uma Reunião do Movimento dos Capitães, alargada a Tenentes-Coronéis e outras patentes mais altas, na qual participaram 45 oficiais representantes das principais unidades do país.
      Nesta reunião é decidido que o MAJ AdMil José Moreira de Azevedo elaboraria um documento Programa que sintetizaria as “questões” levantadas pelos Capitães.
      2 – Em 26 de Janeiro de 1974, numa Reunião alargada da Comissão Coordenadora, que se realizou, em Oeiras, na casa do CAP Inf Vasco Lourenço, é aprovado, na generalidade o texto, elaborado pelo MAJ AdMil José Moreira de Azevedo, que serviria de introdução a um documento programático a ser aprovado numa reunião conjunta de oficiais do Movimento dos três ramos das Forças Armadas.
      3 – Em 5 de Fevereiro de 1974, realizou-se, em casa do COR AdMil Marcelino Marques, uma Reunião da Comissão Coordenadora do Movimento.
      Esta reunião foi alargada a outros elementos de confiança, a nível de tenente-coronel e de coronel, estando presentes, pela primeira vez, Garcia dos Santos, Costa Brás e Melo Antunes. Após ampla discussão do projecto de Programa elaborado por José Maria Azevedo, e já aprovado pela Comissão Coordenadora, este é rejeitado por unanimidade. Em consequência, é eleita uma comissão encarregada de nova redacção., comissão essa constituída por Costa Brás, Melo Antunes, José Maria Azevedo e Sousa e Castro.
      Os exemplares do documento rejeitado foram devolvidos ao Secretariado da Comissão Coordenadora do Movimento que procedeu (?) à sua destruição.
      4 – Em 3 de Março de 1974, em casa do CAP Seabra, realiza-se ma Reunião do Movimento, em que estiveram presentes representantes dos três ramos das Forças Armadas, em que é discutido o Programa a apresentar.
      Os representantes da Marinha (Almada Contreiras, Pedro Lauret, Costa Correia e Vidal Pinho) fazem questão de afirmar que só se vinculariam a um programa político progressista, aceitando estar em Cascais como observadores.
      É elaborado o 1.º Documento Político Programático: “O Movimento as forças Armadas e a nação”. Os representantes da Força Aérea manifestam a sua discordância com a solução preconizada para o problema colonial.
      5 – Em 5 de Março de 1974, numa casa no Centro Histórico de Cascais (perto do largo de Camões e a poucos metros da sede da Divisão da PSP), realizou-se a Reunião Plenária do Movimento que aprovou o documento: “o Movimento, as Forças Armadas e a Nação».
      Nesta Reunião estiveram presentes 194 Oficiais de diversas Unidades (Infantaria; Artilharia; Cavalaria; Engenharia; Administração Militar; Transmissões; Serviço de Material; Pára-Quedistas; Força Aérea), representando 602 militares envolvidos no 25ABRIL74.
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      • 1 ano(s)
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    • Manuel Duran Clemente
      5 de Maio está errado...
      1
    • José António Rosado
      Caro Manuel Duran Clemente, agradecendo o reparo, já corrigi a data que é: 5 de Março.
    • Jota Monteiro
      Quem foi o elemento relator que acompanhou estes movimentos todos a ponto de os descrever como que na primeira pessoa? É impressionante a capacidade organizativa dos militares envolvidos, a sua objectividade, fidelidade e coragem porque se estava a viver no seio de uma perigosa ditadura. O 25 de Abril é a data que mais me comove, com lágrimas, e a única que comemoro sem remorsos.
    • Manuel Duran Clemente
      A Alvorada de Otelo é o mais sincero,apesar de algumas omissões!
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      • 47 sem
  • Eduardo Fonseca
    Lembro-me perfeitamente, mas eu estava do lado das forças vencedoras.
    Trabalhava no Ministério do Trabalho e fazia.parte de uma Comissão de Trabalhadores cujos elementos estavam ameaçados de saneamento pelo poder.de então .
    Felizmente aconteceu o 25 de Novembro.
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  • Manuel Duran Clemente
    Forças vencedoras? Mas houve algum torneio?
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  • Eduardo Fonseca
    Torneio,Reencontro,.....Guerra?
    Vou reproduzir algo que li sobre o tema em discussão.
    Há vitorias,há derrotas...nas batalhas mas uma guerra ganha-se lutando.
    Afinal houve ou não rencontros,?
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  • Manuel Duran Clemente
    Há vitórias e há derrotas sem haver confronto bélico...conspirações ,atentados ,ataques unilaterais...vitórias morais e derrotas morais….no 25 de Nov de 75 houve um pronunciamento….
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  • Beatriz Mestre
    EU ERA DELEGADA SINDICAL DA MESSA E ESTIVE NA PM O 25 DE NOVEMBRO MURCHOU O CRAVO QUER QUERAM QUER NÃO QUERAM PARA MIM O DIA MAIS TRISTE DE ABRIL QUE VI NASCER
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  • Américo Ferreira
    Eu era um jovem aspirante, com 20 anos de idade. Estava no dia 25 de Novembro 1975 na EPAM e “ arredores”.
    • Manuel Duran Clemente
      Eu fui colocado na EPAM 15 dias antes para ser apanhado na provocação..Até fiquei segundo comandante com o Major Queiroz Azevedo(já falecido) a Comandante.
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      • 47 sem
  • Maria Amália Silva
    Que saudades desta imagem na televisão! Ficou-me gravada na memória , até sempre!
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    • 47 sem
  • Moisés Cayetano Rosado
    Muito obrigado Manuel Duran Clemente por esto importantes esclarecimentos. Grandes serviços prestaste a Portugal, e agora a os estudos históricos.
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    • 47 sem
  • Manuel Pais
    No dia 25 de Novembro de 1975 eu estava nos estúdios da 5° Divisão nas Janelas Verdes cumprindo ordens do meu chefe Capitão Manuel Duran Clemente, quando fomos ocupados pelos comandos
    Nunca mais me esqueço desse dia
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    • 47 sem
    • Manuel Duran Clemente
      ISSO foi noutra ocasião.No 25 Nov estava na RTP a tentar explicar que a dita esquerda não tinha feito golpe nenhum.A dar a palavra aos para-quedistas de Tancos que o CEMFA tinha extinguido....
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      • 46 sem
    • Manuel Duran Clemente
      Nunca fomos ocupados pelos Comandos no 25 de Novembro. Isso que relatas foi a ocupação do local das Assembleias do MFA no Instituto Superior Militar em Setembro. No 25 de Nov o corte foi feito na antena da Televisão. Cuidado com este tipo de informação… 
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      • 46 sem
  • Lurdes Nogueira Leite
    Recordação amarga,esse Novembro.
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    • 46 sem
  • Ana Baptista
    Nao me esqueco desta imagem!Depois,interromperam...ou melhor tiraram a imagem!
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    • 46 sem
  • Margarida Freitas
    Trabalhei na 5ª Divisão com o saudoso Varela Gomes, depois ainda fui secretariar o Almirante Rosa Coutinho. Mais tarde fui secretaria uma das pessoas mais excecionais que conheci Comandante Ramiro Correia no Centro de Sociologia, onde entram elementos… 
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    • Adoro
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    • 24 sem
  • Margarida Freitas
    a vivência com a Anie Pais (a filha rebelde) deu-me uma forma pura de humanismo e camaradagem. Também me recordo que o Sr General Ramalho Eanes queria expulsar todas nós ...dizendo que por sermos comunistas não nos queria no EMGFA. Essa nunca mais esqu… 
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    • Adoro
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    • 24 sem
    • Manuel Duran Clemente
      Margarida Freitas Foram os comandos de Jaime Neves que assaltaram a 5ª Divisão em Agosto ou setembro/ 75/.
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      • 24 sem
    • Margarida Freitas
      Recordo-me vagamente de lhes ter perguntado, quem é que eles eram . A resposta foi somos do Copcom. Penso que não haverá nada escrito sobre isto. Só sei que o Ramiro Correia foi para Moçambique e que aconteceu aquele desastre com ele e família ....que … 
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  • Olga Tremoulet
    Nos últimos anos, a cada afronta que fazem ao 25 de Abril, sinto a "facada traiçoeira" que deve ser, para cada um dos elementos da 5ª Divisão.
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