HÁ 46 ANOS /1975-2021. (revemos publicação de Nov.2017)
25 de Novembro 75 .
Uma pausa na Revolução. Alguém abriu a porta a todos os anti- Abril. A quem tinha perdido privilégios e queria reatar um 28 de Maio,como diz Vasco Lourenço. Mas "os nove"..estavam distraídos? Quase!!!
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Já agora entre outras leituras leiam o meu depoimento no meu livrinho "Elementos para a Compreensão do 25 de Novembro" (Edições Sociais.esgotado).MDC.
Ribeiro Cardoso vai editar um livro importante,sobre a perseguição aos trabalhadores da comunicação social, supostamente ligados ao 25 de Novembro, pelas 18h00 na livraria Buchholz no dia 23 em Lisboa.MDC.
Luís Maria Gottschalk,Ten Miliciano meu adjunto em 1975 na 5ª Div.EMGFA , escreveu:
20 de novembro de 2017 ·
CONTAGEM DECRESCENTE
20 de Novembro de 1975, um dia atarefado:
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20 de Novembro
•Reunião do CR em que é deliberado: extinguir o AMI, nomear Vasco Lourenço Comandante da RML, mantendo Otelo Saraiva de Carvalho como Comandante do COPCON. Saudar entretanto o realismo de Otelo Saraiva de Carvalho e o companheirismo inteligente de Vasco Lourenço e pronunciar-se favoravelmente quanto ao reconhecimento do Governo Provisório de Angola por parte de Portugal.
•O general Morais e Silva determina que todos os sargentos pára-quedistas devem apresentar uma declaração com vista à sua transferência para o Exército ou Força Aérea.
•Em plenário efectuado no Forte do Alto do Duque, o COPCON apoia a luta dos pára-quedistas e promete, mais uma vez ajuda material. Entretanto, o Depósito Geral de Adidos da Força Aérea (DGAFA) recebe também apoio material do RALIS.
•Realizam-se ainda plenários de praças em Tancos e no Montijo. Em moção conjunta decide-se repudiar totalmente as ordens de Morais e Silva, bem como todas as ordens emanadas do EMFA.
•A Intersindical apela ao apoio dos trabalhadores aos pára-quedistas.
•Na sessão da Assembleia Constituinte o PS, o PPD e o CDS atacam violentamente o PCP, forças de extrema-esquerda e ainda o gabinete do Primeiro Ministro (acusando-o de trair Pinheiro de Azevedo). Renovam todo o apoio ao 6º Governo. Respondendo a estes discursos, das galerias, repletas de jovens, começou a gritar-se: «Reaccionários fora da Constituinte já!». Os deputados do PCP e do MDP associam-se a esta manifestação que só termina quando a Polícia evacua a sala.
•Reunião no Regimento de Comandos. Jaime Neves faz o ponto da situação: principais obstáculos - Otelo e Fabião; principais unidades inimigas - RALIS e PM; principal aliado - Pires Veloso.
•Jaime Neves avisa Costa Gomes de que os comandos «querem isto na ordem». O teor desse aviso, que foi lido e corrigido por Ramalho Eanes, é apresentado sob a forma de moção na parada do Regimento de Comandos da Amadora e preconizava "a substituição imediata de todos os militares que na prática se revelaram incapazes de servir apartidariamente o Exército e o Povo Português".
•Pinheiro de Azevedo, em diálogo com jornalistas, ataca Otelo Saraiva de Carvalho e Costa Gomes.
•Manifestação pelo avanço do poder popular em que Costa Gomes, que contesta as acusações de indecisão e hesitação que lhe eram feitas pelo PS, PPD e Grupo dos Nove, e promete evitar a todo o custo a guerra civil. Durante a manifestação, entre os muitos outros documentos, foi lido o Manifesto dos Oficiais Revolucionários. Apontava uma saída revolucionária para a crise, recusava os golpes de Estado e propunha o poder popular armado. O PS, entretanto, convoca comícios para vários pontos do país.
•Considerando-se que o prazo fixado no nº2 do artigo 3º da Lei Constitucional nº3/74 de 14 de Maio se verificou insuficiente para a conclusão dos trabalhos da Assembleia Constituinte (AC) é publicada Lei nº14/75 que prorroga o prazo de vigência da AC.
•Sá Carneiro dá uma conferência de imprensa em que afirma que "a posição assumida pelo Governo é uma clara intimidação aos mais altos responsáveis militares".
•Título do Diário de Notícias: “O país sem Governo”.
CD25A, Cronologia
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