Deitado sobre esta areia semeada de pedras roliças à beira do rio Sor que passa tranquilo, a caminho de jusante,passo eu a caminho do amanhã...A dinâmica não é diferente.Só o estado de espírito - aquela tranquilidade - esse,sim,é bem o que separa duas condições:a de rio e a de homem; já dizia Fernando Pessoa: «...se as pedras tivessem alma,eram coisas vivas,não eram pedras; e se os rios tivessem êxtases ao luar,os rios seriam homens doentes...»
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Em dadas ocasiões a melhor consciência que se faça da vida é pesada penitência.Outras ocasiões há em que essa consciência é bem fogueira a aquecer-nos e chama a conduzir-nos com serenidade;com uma maravilhosa serenidade.E a "vida-viva",é circulo permanente,constante alteração da consciência que temos do que está dentro e fora de nós,aqui e ali, longe e perto.O resistir-lhe, com muito respeito e com lúcida noção do que somos, interioriza a razão, adequando-a à medida de nós próprios,em todas as situações: no caminhar,no ser,no construir,no amar...e no reconstruir." (1973/Circulos e Ciclos...do autor M.Duran Clemente))
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