Manuel DURAN CLEMENTE (2021) |
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Um dos Capitães de Abril (1973/74/75) |
É um dos
capitães da génese clandestina do Movimento de Capitães e MFA.
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Nasceu em
Almada em 28 de Junho de 1942.
Filho de
António Clemente ,militar Beirão/Fundão e de Aldina Duran,
nascida na Galiza/ Pontevedra.
Casou três
vezes e tem dois filhos (André e Frederico) com 53 e 51 anos, do primeiro
casamento (c/Teresa Cortez Pinto Seixas-pianista) e uma filha (Rita), de 42 anos, do segundo (c/Vera Blanco-pianista).
Três netos (Salvador ,Baltazar e Henrique, do filho de 51 anos e uma neta(Frederica)
do filho de 53 anos. Do terceiro
casamento, (c/Ana Estorninho -especialista
de markting) não tem filhos.Divorciado desde 2015.
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Fez a
instrução primária em Penamacor (1ª,3ªe 4ª) e Beja(2ª).Passou sempre com
distinção, o mesmo acontecendo nos exames de admissão aos liceus, em 1952,no Liceu
de Castelo Branco e no Instituro dos Pupilos do Exército. Por doença só
ingressou um ano mais tarde (1953) no ensino secundário.
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Cursou o ensino técnico(Perito Contabilista) e liceal
(alinea “e”) nos Pupilos do Exército. Onde foi sempre o melhor aluno dos seus
cursos, com vários prémios e Comandante do Batalhão escolar no último ano, de
bodas de prata do colégio. Recebeu
medalhas de prata e de ouro por ,mérito escolar,entre outras distinções, como o
Prémio de Honra por ter estado no quadro de honra seis anos consecutivos.
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Ingressou na Academia Militar em 1961.Distinguiu-se
nesta por relevo intelectual tendo sido vencedor, em 1962, dos Colóquios
Literários e representando Portugal na Real Academia de Saragoça.
Licenciou-se em Administração. Teve vários cargos,
militares e civis, na área administrativa, financeira e de gestão, entre 1961 e
1968.
Esteve nos seus primeiros anos como instrutor na Escola Pratica de Administração Militar,onde colaborou com o Gabinete de Estudos,foi Tesoureiro e Chefe de Contabilidade e instrutor de cursos gerais para miliares milicianos e especias para Capitães Milicianos e Licenciados em Direito.Foi ainda adjunto da Companhia Escolar e comandou o Destacamento de Intendência que cobriu as necessidades logísticas da vinda do Papa Paulo VI a Fátima ,com a presença de um milhão de peregrinos e dos peregrinos militares doentes e feridos na guerra colonial.
Em 1968,já promovido a capitão, foi colocado na arma de Engenharia e foi chefe da Contabilidade da DSFOM. Em 1969 e 1970 foi mobilizado par Moçambique vindo a ser chefe da Delegação de Nampula do Casão militar(OGFC-Sucursal de L.Marques.) Foi o primeiro embate e choque com a guerra fratricida, Regressou em 1971 á arma de Engenharia e ao seu posto de Chefe de Contabilidade da DSFOM onde esteve com sucesso até Julho de 1973.
Tem na sua folha de
serviço quatro Louvores de General e dois de Coronel, de bons serviços. E
ainda um outro no PREC atribuído por Costa Gomes CEMGFA.
Foi-lhe atribuído o grau de Cavaleiro da Ordem Militar de Avis (02.10.1971) e medalha de ouro da Cruz Vermelha por bons serviços anteriores e em especial,o já referido, pela organização e comando,em Maio de 1967,do Destacamento de Intendência a Fátima que apoiou peregrinos e militares doentes ou feridos na guerra.
Em
19.08.2021, foi agraciado pelo Presidente da República com o grau
de Grande Oficial da Ordem da Liberdade, pelo importante papel desempenhado na
conspiração e acção, no conjunto de capitães revoltosos, com vista ao 25 de
Abril de 1974.
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Antes da Revolução conheceu S.Tomé , Angola,
Moçambique e Guiné-Bissau, tendo estado,
em comissões militares na guerra colonial, nestas duas últimas ex-colónias.
Solidariza-se, em 1969, com o movimento MDP/CDE. Tem
reuniões clandestinas entre 1969 e 1973.Em Abril de 1973 contesta publicamente
em Aveiro, no Congresso da Oposição Democrática, o regime ditatorial, onde
distribui um manifesto político.
Como
consequência da apresentação deste documento à hierarquia militar (onde,
além de criticar a falta de liberdade e a guerra colonial, requer o abandono
das Forças Armadas).
Sofre, como
consequência não uma “punição”
disciplinar mas uma forçada deportação/mobilização para a Guiné-Bissau,
onde chegou em Julho de 1973.
Teve então
oportunidade de, com outros militares, desenvolver o processo conspirativo, já iniciado em Lisboa, logo
após a sua chegada à capital guineense.
(Ver publicação sobre o seu desempenho no inicio e
desenvolvimento do Movimento de Capitães nesta colónia, no artigo do
REFERENCIAL (A25A) de Julho de 2014,“A Guiné, o 25 de Abril e o Reconhecimento
da Sua Independência “ e depoimento no
Livro Conquistas da Revolução editado pela ACR em 23 de Abril de 2014 ou no seu
blogue omirantealmirante2.blogspot.com)
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É aí, em Bissau, que integra e anima a constituição de um dos
primeiros núcleos clandestinos e onde se iniciaram reuniões alargadas (em fins de Julho/73) dos
Capitães. Desde a primeira dessas reuniões contou com a presença de alguns
militares (que depois ficaram mais conhecidos) tais como Otelo Saraiva de
Carvalho, Matos Gomes, Sales Golias,Jorge Alves,Faia Correia... e tb mais tarde Salgueiro Maia e outros oficiais da Força Aérea( Faria Paulino, Pinela, Domingos Pereira...) e da Armada (Pessoa Brandão,Marques Pinto, Bouzas Serrano...) e ainda Milicianos como José Manuel Barroso desde sempre e mais tarde, destes , Barros de Moura,Celso Cruzeiro,Espada de Sousa,Correia Pinto...!
É um dos quatro autores da carta subscrita
por cerca de cinquenta capitães (em guerra na Guiné) dirigida ao Governo, em
Agosto de 1973, pondo em causa o sistema e deixando já antever uma tomada de posição
de força. Primeira tomada de “força colectiva” que assustou Marcelo
Caetano, como ela confessa mais tarde no seu livro “Depoimentos”.
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Só depois deste acto se realiza em Alcáçovas/Évora (9 de Set.) a reunião
de mais de 136 oficiais- capitães,tenentes e alferes do Exercito- no Continente e se iniciam manifestações semelhantes em
Moçambique e Angola.
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Em Bissau é
eleito para integrar a primeira Comissão Coordenadora do movimento de capitães com os
capitães Matos Gomes, Almeida Coimbra e António Caetano/Sousa Pinto.
Durante o período de preparação do 25 de Abril é o
elemento de ligação ao MFA/Continente, a Hugo dos Santos e Vasco Lourenço, isto
é, entre a Guiné e Lisboa.
Promove-se, nessa ocasião (Agosto/Setembro/73) o
alargamento da conspiração à Marinha e Força Aérea.
Destaca-se, com alguns camaradas, pela acção intensa que tiveram no “recrutamento” de militares/capitães, não só do Exército como da Força Aérea e da Marinha, no envolvimento das acções conducentes ao acto libertador ,dos que estando mobilizados na Guiné, iam regressando a Portugal, (no fim das suas comissões de guerra de dois anos) entre Julho de 1973 e Março de 1974,casos de Otelo,Salgueiro Maia e outros.
Exerce também missões de ligação a militares “não
profissionais” (milicianos) na fase conspirativa, tais como Barros Moura, Celso
Cruzeiro,Espada de Sousa,José Barroso (alguns antigos dirigentes académicos), entre
outros, que viriam a ter colaboração significativa no equilíbrio das soluções
futuras, já depois da alvorada libertadora.
Duran Clemente com os oficiais organizados tomam o
poder também em Bissau e em toda a Colónia, no dia 25/26 de Abril, colocando
nos postos chaves, militares de confiança e integrados no espírito do Programa
MFA depois de sanearem e “remeterem” para Lisboa, nos dias seguintes, os
oficiais superiores conotados com a ditadura, tais como o General Bettencourt
Rodrigues Governador e Comandante-Chefe e outros adeptos do sistema, a quem com
alguma ingenuidade ainda perguntaram se estavam a favor do golpe ou contra. Só
tiveram a resposta coerente que os levou a regressar a Lisboa dias depois por
ordem do novo poder instituído.
Esta atitude na Guiné estava integrada na operação
global e serviria sempre de reserva a qualquer eventual malogro das acções
então planeadas e a decorrer no Continente. Victor
Alves confessou isto uns anos mais tarde ao “Expresso”.
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A tomada de posição na Guiné, felizmente, não foi
necessária para se impor como “moeda de troca”, porque a Revolução vingou em
Lisboa e Portugal mas reforçou-a e consolidou-a, sobretudo no referente ao
processo pacífico de descolonização. A pressão do MFA da Guiné é importante. A
colónia já estava reconhecida como país independente por uma centena de países.
Mas o general Spínola e outros faziam
contra-vapor em Lisboa. O processo de descolonização da Guiné iria decorrer sem
incidentes sob a chefia de Carlos Fabião
e do acompanhamento da coordenação do MFA/Guiné,
a partir de 7 de Maio (chegada de Fabião)
e até à sua saída, a 15 de Outubro de 1974,(fim das tropas na colónia).
Duran Clemente foi no período de transição nomeado
pelo MFA para Director do único Jornal “A Voz da Guiné” que se constituiu como
mais um agente de dinamização e esclarecimento no processo em curso, sobretudo
na cidade de Bissau.
Após a Lei 7/74 (reconhecimento do direito das
colónias à independência) e do comunicado conjunto ONU/PORTUGAL (a 4 de
Agosto) em que se reconhece a Guiné-Bissau como Estado independente,
participa em várias acções de preparação e transferência de poderes no
território da Guiné e integra missões de contacto e acolhimento dos primeiros
dirigentes do PAIGC, tais como Luís Cabral, Manuel dos Santos, Vasco Cabral, Julio
Carvalho, Juvêncio Gomes, Francisco Mendes, Pedro Pires e outros.
Já antes, de Maio a Julho, por acções legitimadas pelo
MFA e por Carlos Fabião e pelo decurso dos processos de negociações, de (Londres
e Argel) é (com outros militares activos) alvo de perseguição pelo então
General A.Spinola, sobretudo depois duma entrevista dada em Agosto, em Bissau,
à RTP (a Joaq.Letria) denunciando que militares portugueses e guerrilheiros do
PAIGC já confraternizavam com normalidade. Chegou a ser chamado a Lisboa e a
receber ordens para encerrar o Jornal; acções a que (no caso de DC) se opôs o
Governador Carlos Fabião que, apesar de considerado militar
"spinolista",após chegado a Bissau em 7 de Maio, opta definitivamente
pelas posições do MFA.
Como convidado pelo PAIGC esteve, em Madina do
Boé, nas memoráveis comemorações do primeiro aniversário da independência da
Guiné Bissau,em 24 de Setembro de 1974.Recordo que estiveram Carlos Fabião,Hugo
dos Santos, Duran Clemente e Francisco Paulino pelo MFA,e pelos partidos
Almeida Santos e Jorge Campinos(PS) e Dias Lourenço e Zita Seabra(PCP) e ainda
Michel Gacometi.
Com o processo na Guiné resolvido em 15 de Outubro de 1974
(data do regresso a Lisboa do ultimo contingente militar português) o Capitão
Duran Clemente regressado a 28 de Set. a Lisboa onde, com um grupo
significativo de oficiais que se tinham distinguido em Bissau, integram a 5ª Divisão
do Estado Maior General das Forças Armadas.
Aí se organizam numa das estruturas mais destacadas no
Processo Revolucionário até ao 25 de Novembro de 1975.
O Capitão Duran Clemente foi, nesta estrutura, um dos responsáveis
pelo Centro de Esclarecimento e Informação Pública coordenando programas de
Rádio e Televisão e integrando a redacção do Jornal quinzenal “ O Boletim do
MFA” editado durante um ano ( 25 exemplares ).
Na sua actividade, extra militar, é ainda em
1974 convidado para fundador e Vice-Presidente da Associação de Amizade
Portugal / Guiné-Bissau ,associação que viria a constituir-se formalmente em
1977 e a cujo acto eleitoral assiste Pedro Pires. Rogério Paulo e Duran
Clemente são eleitos Presidente e Vice Presidente desta Associação.
Foi
Secretário-geral da Assembleia do MFA sendo dela seu porta-voz depois do 11 de
Março e até Setembro/75 (Tancos).
Na data de 11 de Março/75 aos microfones da então
Emissora Nacional alerta o País, durante o noticiário das 13.00, da invasão do
RALIS e do golpe que Spínola perpetrava.
Os avisos feitos são fundamentais ao alertar os
próprios militares envolvidos em eminente confronto junto ao RALIS
(paraquedistas e artilheiros).
Está pouco divulgado que por esta acção é dos raros
oficiais que no período revolucionário é formalmente “louvado” pelo Chefe do
EMGFA e Presidente da Republica /General Costa Gomes.É o quinto louvor de
General na sua ficha militar de pouco mais de 10 anos (1964/1975) após saída da
Acad.Militar e IPE.
Mantém-se firme nos seus princípios e convicções no
período mais conturbado do PREC, nomeadamente no chamado “Verão quente”
revelando-se como “gonçalvista” assumido.
Quis o
destino que fosse a última voz do Movimento das Forças Armadas (revolucionário)
em 25 de Novembro de 1975, ao defender a revolução nos ecrãs da Televisão e
negando por ser verdade a autoria de um golpe esquerdista. Golpe
apelidado à reivindicação,corporativista, dos Paraquedistas de Tancos.
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Após este acontecimento recusou submeter-se ao mandato
de captura e ser preso no Portugal democrático.
Esteve ausente do país, exilado em Cuba e na R. P.
Angola durante dez meses. Em Angola esteve como exilado desde Março até Setembro de 1976( seis meses) e nos dois
últimos meses colaborou administrativamente, na restauração de arquivos, numa
instituição pública angolana, I.DI. -Instituto de Desenvolvimento Industrial.
Regressou em 9 de Setembro de 1976, 15 dias depois, foi
ilegalmente expulso administrativamente do Exército pelo então CEME,Gen. Rocha
Vieira ,seu condiscípulo e amigo da Academia Militar em 1962. Foi reintegrado,
quatro anos depois, por decisão Judicial, após amnistia, sendo promovido a
Major(1982) e posteriormente reformado "compulsivamente", até tudo
ser considerado ilegal pelo Supremo Tribunal Administrativo. Nunca foi julgado
com desertor, pois seria difícil, num estado de direito assim ser considerado
como tal.
Mas ilicitamente aplicaram-lhe medidas acessórias ao
julgamento inexistente. Tais sanções foram anuladas.
Três anos
depois de ter sido aprovada( em 1999 ) a
Lei que impôs a reconstituição das carreiras aos militares que pela sua
intervenção em 1974 e 1975 foram afastados e “perseguidos”, ascendeu ao posto de Tenenete Coronel e Coronel
(reformado) .Posição que deveria ter desde 1991 e que a Lei só repôs em 2002.
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Exerce,
desde 1976 e até 2011, ou seja nos últimos trinta e cinco anos, a actividade
de consultor na área de administração, gestão, planeamento e
organização e desenvolvimento regional, tendo apoiado a cooperação
portuguesa nos PALOPs, particularmente, na Guiné-Bissau onde chegou a ser
consultor por parte da Comissão da União Europeia num programa especial de
dinamização ao desenvolvimento (1987/89).
Antes
disso foi desde 1961 e até 1978 assessor de gestão e contabilidade da Herdade
da Torre ,SARL e também da Cooperativa CAU,Arquitectura e Urbanismo,
administrador de Medicinália,SARL e através dum Gabinete de Estudos Económicos
(SNEDE/Sociedade Nacional de Empreendimentos e Desenvolvimento Económico, S.A)
foi, entre 1978 e 1987,director de projectos de desenvolvimento e chegando a seu administrador.
Colaborou ainda em 1980,durante um mês,com Mário Murteira leccionando “Contabilidade
e Calculo de Custos” num curso de formação de quadros superiores, em
Cabo Verde. Em 1969 e 1970 esteve na sua primeira comissão militar em
Nampula /Moçambique, interrompendo algumas das funções descritas.
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Desde 1991/2016 (durante mais de 20 anos) foi
colaborador e adjunto da
administração da Câmara Municipal do
Seixal.
Foi membro administrador do Conselho de Administração da CDR, Agência de Desenvolvimento Regional
de Setúbal durante 4 anos. Foi durante 15 anos, esde 1999 membro da Direcção da Associação Parque Industrial do
Seixal até à sua extinção (Nov/2014).
Foi fundador(1993) e administrador da Associação Ambiental, (AEERPPAS) ligada
a esta autarquia e durante 25 anos..
Foi candidato à Assembleia da Republica, pelo círculo
de Setúbal pela CDU, em 1999.Em Setembro de 2001,substituiu no parlamento Octávio
Teixeira, cedendo esta posição ao candidato seguinte, Bruno Dias.
Foi autarca eleito, durante 12 anos (1993/2005) como Presidente
da Assembleia de Freguesia em Santa Catarina – Lisboa, pela Coligação
PS/PCP.
Foi candidato por esta coligação PS/PCP em 2001 à
Câmara Municipal de Lisboa. Em consequência foi Vereador (substituto), na
oposição (2001/2005), nesta autarquia com o Presidente da CM Dr.Santana Lopes..
É membro e activista, fundador do Movimento cívico
"Não Apaguem a Memória"
tendo sido considerado arguido e julgado (e absolvido) em Tribunal a 21 de
Dezembro (2006) por uma acção de protesto, em 5 de Outubro de 2005, junto
das antigas instalações da PIDE/DGS, por se expor, indignado, ao branqueamento
do significado da transformação urbanística, ali em curso, em plena Rua António
Maria Cardoso, de trágica " má memória".
Em Março de 2007 foi eleito para a Presidência do
CPPA, Conselho Português para a
Paz e Cooperação e reeleito em 2013 e anos posteriores até hoje.
É associado, desde a sua fundação, da Associação 25 de Abril.
É fundador da Associação Conquistas da Revolução
constituída em 2011, sendo eleito membro da sua Direcção e designado coordenador
da sua “Folha Informativa”. Renunciou, por motivos de saúde, a estas
actividades em Setembro de 2014 tendo colaborado na edição dos livros
publicados por esta.
Por ocasião dos aniversários da Revolução já realizou
centenas de intervenções em Escolas e Sessões Públicas em autarquias,
colectividades e associações por todo o país.
No mesmo sentido fez, mais que uma vez, intervenções
junto da emigração portuguesa em Paris, Bruxelas, Espanha, E.U.A
(vídeo-conferência), Cabo Verde, Guiné/Bissau e Angola.
É autor do livro “
Elementos para a Compreensão do 25 de Novembro “, Edições Sociais, 1976.
É co-autor do livro “30 anos do 25 de Abril “
(painel “a conspiração na Guiné”),
edição Casa das Letras, 2005,coordenado por M. Barão da Cunha, e da
brochura “ O Paradoxo do Militar Libertador: da Guerra Colonial ao 25 de
Abril” apresentado na Universidade de Saint Dennis/Paris em 1999.
É autor de diversos artigos e intervenções na
comunicação social, escrita e falada, destacando-se os últimos
artigos "Não Apaguem a Memória -Se arguidos somos todos,
todos fomos absolvidos" e "Pode nascer um
país" ( do ventre duma chaimite ) este, citando o poeta Ary dos
Santos, numa alusão ao país que queríamos ser e ao que somos,"Reconciliação
connosco próprios...no 25 de Abril: E hoje? E ainda “Economia Real versus Economia
Virtual/O ultraliberalismo Global e a Crise Europeia”, “O estado Social e o
Neoliberalismo” e “Urbano Tavares Rodrigues, até já amigo e textos de homenagem a Varela Gomes nos seus 90 anos e a Vasco
Gonçalves, “ insigne “Capitão de Abril e timoneiro da Revolução” editado em
livro de depoimentos.
Apresentou
à Conferência da Paz/CPPC (7.12.2013) e à Convenção Democrática Nacional (8.12.2013)
a comunicação “25 de Abril-Sonho, Luta, Revolução e Esperança”. Pode
ver-se na internet, como outras intervenções, no youtube.
Editou
mais a brochura ”A Guiné, o 25 de Abril e o reconhecimento da sua
independência”, publicada na revista da A25A-O Referencial, de Julho de 2014,além do mais.
No
passado dia 22 de Fevereiro de 2014, por ocasião do 131º aniversário da Voz do
Operário, esta instituição, como faz todos os anos, distinguiu-o como sócio
honorário e na homenagem de personalidade de mérito do ano “pelo
reconhecimento do seu importante papel no desenvolvimento da revolução do 25 de
Abril (que este ano comemorava o 40º aniversário) bem como a luta em defesa dos
trabalhadores e do povo, pela Dignidade, Liberdade e Democracia.” (citando
excerto da carta da Direcção da VO).
Ainda
no passado dia 28 de Outubro de 2017 foi agraciado pela Câmara Municipal do
Seixal com a “medalha de prata de bons serviços” pelos 20 anos de “serviços
distintos” pelo modo como se evidenciou pelos serviços de mérito prestados à
população do Município.
Colaborou
na edição dos Livros “Conquistas da Revolução” e de “Vasco,nome
de Abril” publicados
pela Associação Conquistas da Revolução, respectivamente em 23 de Abril e
18 de Julho, deste ano de 2014, quando ainda era seu director e membro do grupo
de trabalho de edição.
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É
sócio fundador (e da primeira direcção/1993) e sócio honorário (desde 27 de
Abril de 2016) da Associação “Os Amigos da Fundação das Casas Fronteira e
Alorna” entidade cultural prestigiada! Desde os seus 15 anos é amigo da
família Mascarenhas, em especial de Fernando Mascarenhas, Marquês da Fronteira,
falecido em 2015.Nos anos 60 o convívio com um grupo heterogêneo de amigos foi
muito importante para a sua formação cultural e politica. Destaca desses amigos
:os anti –sistema e antifascistas, na
altura, Fernando Mascarenhas(o marquês vermelho), Nuno Teotónio Pereira, Ana
Hartley,Isabel do Carmo, Fernando Lopes, Maria João Seixas, Maria Teresa Horta,
J.Gabriel Pinto Basto, Cristina Reis, João Cutileiro, António Baião, Fernando
Albuquerque(Casa Mateus),Isabel Cardigos,Teresa Cortez Pinto Seixas(com quem
casou em 1965), e outros.
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Continua na sua luta constante
de esclarecimento, sob o ponto de vista progressista, sobre os factos políticos
nacionais e internacionais, para que a memória não se apague e na verdadeira
luta social prossegue contra o sistema desumano, contra a desigualdade,
ganância, manipulação e anti-cultura que não finda em pretender absorver a
dignidade da vida de cada cidadão livre e verdadeiramente democrata.
Abril Sempre.
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Setembro de 2021.
M.Duran Clemente
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