domingo, 7 de abril de 2024

25 NOV e o sabichão NORONHA...

 A verdade e os comentadores que temos no palco da omissão..

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No vídeo abaixo,
As avaliações absolutamente erradas dos comentadores sobretudo deste Sr Noronha que não soube investigar como deve ser, e vai daí diz meias verdades...com léxico cognitivo "engripado" e docemente tendencioso.!
Ora vamos lá.
Segue dentro de momentos:
A)- O livro do comandante Gomes Mota, que já referi anteriormente, mostra-nos claramente, ponto por ponto, como foi preparada a “inventona” de um imaginário golpe da esquerda a 25 de Novembro. Também Vasco Lourenço, no seu livro No interior da Revolução (2009), concluiu e declarou gentilmente não ter existido nenhum golpe da esquerda mas um aproveitamento da “revolta dos paraquedistas de Tancos”, por parte de um grupo de coronéis que efectivamente tinham um plano. E Franco Charais repete-o.
A “revolta dos paraquedistas de Tancos” deveu-se à acção do Chefe
do Estado Maior da Força Aérea, Morais Silva, que resolveu liquidar
o Regimento de Paraquedistas e mandar para o desemprego milhares de profissionais de uma especialidade contratual de tipo permanente, como os marinheiros. Grande parte deles chefes de família. No contexto da época, de democratização das Forças Armadas, era admissível os militares contestarem ordens superiores, quando estas eram injustas e desumanas. A contestação dos paraquedistas, na ocupação de Bases Aéreas, foi isolada de qualquer outra motivação que não a manutenção do seu posto de trabalho. Foi isso que explicaram aos portugueses na RTP, na tarde do dia 25 de Novembro. *MDC (no meu livro recente "Crónicas...")
B)-Os acontecimentos foram bastante mais complexos, e o aproveitamento que desencadearam, e ainda desencadeiam, em alguns grupos e indivíduos de diferentes fações políticas não corresponde inteiramente à verdade dos factos. Ainda hoje, e aqui, tentarei explicar o que se passou para evitarmos uma provável guerra civil, e como foi decisiva a intervenção de Rosa Coutinho, Martins Guerreiro, Carlos Contreiras, José Emílio, Pereira Pinto, Ramiro Correia, Costa Correia, Costa Martins, Ferreira da Silva/ Comandante dos Fuzileiros, Maia e Costa, outros. Otelo recusou um banho de sangue que seria possível, se os Fuzileiros (como se propuseram) atacassem os Comandos.
O aproveitamento da saída dos paraquedistas em litígio com o
seu CEMFA não configura um golpe de esquerda. Atente-se ao contexto dos protestos da época. Já o mesmo não se poderá dizer da preparação e programação que Gomes Mota explica bem no seu livro A Resistência.
O Verão Quente de 1975 (1976), relativamente ao ataque e acções ditas defensivas do grupo dos nove e dos militares conservadores que a estes se juntaram. Configura efectivamente um golpe de direita o que se passou em Novembro com o despedimento de mais de 300 cidadãos civis e militares de Abril e de dois a três mil paraquedistas, chefes de família… E de terem sido colocados, por Eanes, nas chefias militares, quase na totalidade, oficiais do “24 de Abril . *MDC (no meu livro recente "Crónicas...")
C)-Numa entrevista, há dez anos, ao jornal “Público” Vasco Lourenço disse que Otelo lhe confessou ter sido ele a dar a ordem, para mais tarde vir desmentir o que afirmara, justificando essa sua afirmação como defesa dos paraquedistas. No entanto, tratou-se de uma falsa questão, porque a esquerda não tinha em preparação qualquer golpe, ao invés do outro lado. Mas Vasco Lourenço, em entrevista à revista “Expresso” (2021), afirmou que soube por um dos próprios, o já falecido Luís Pessoa, miliciano militante do PCP em serviço do SDCI, que a ordem fora dada por Jaime Serra (PCP) e por ele mesmo. Sem poder haver confirmação dos falecidos, interrogando-nos legitimamente e com melhor bom senso, porque tal não foi desvendado em vida dos acusados?
Acontece que o ex-capitão miliciano Luís Pessoa, entrou numa
fase de acentuada perturbação psicológica nos últimos anos da sua
vida, já evidenciada nos tempos de cooperação com o governo do Maputo, na década de 1980, ao prestar serviço como assessor técnico na SERLI (Secretaria de Estado da Região do Limpopo). Em Janeiro de 1981 testemunhei esta situação quando o encontrei numa deslocação que fiz a Moçambique com Esteves Belo (SNEDE,SA) e representantes da empresa de construção “Moniz da Maia, LDA” (que se ofereceram para reparar a barragem de Massingir que haviam construído no tempo Colonial). Já perto dos seus últimos meses de vida, numa sessão de esclarecimento em uma Associação Cultural da Amadora, em que participei com António Abreu e Luís Pessoa, este abordou a hipótese de ter sido o PCP a sugerir a reivindicação dos paraquedistas em 25 de Novembro de 1975. Confrontado com a minha verdade, por saber
que tal decisão partiu de um plenário em Tancos, dos paraquedistas despedidos quase um mês antes pelo CEMFA, Luís Pessoa aceitou estar enganado e reconheceu a contradição de ter sido ele próprio a solicitar-me telefonicamente do SDCI, na tarde de 25 de Novembro, que facultasse a palavra a uma comissão de militares paraquedistas na RTP. O que aconteceu, com a clara explicação destes. A sua acção não consubstanciava um golpe militar mas uma reivindicação profissional de militares contratados, que tinham ficado desempregados. A versão badalada de Luís Pessoa, referida pelos provocadores de Novembro, representa uma mentira intencional dos que pretendem justificar o golpe contra-revolucionário, servindo-se da opinião de um cidadão
perturbado e em rota de colisão com o seu próprio partido.
Excertos de *MDC (no meu livro recente "Crónicas de um Insubmisso").
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Sim, Sr Noronha, foram montados dispositivos pelo RALIS, EPAM e PM ,em defesa de ABRIL e da Revolução, no cumprimento de directivas normais em caso de sublevação aparente.
A EPAM , de que eu fiquei segundo Comandante, estava absolutamente a leste do movimento dos paraquedistas de Tancos.
Deixem-se de palco e de especulações vergonhosas!
Lx 04.Abril,2024
VÍDEO.
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Tu, José Leal, Mário Videira e 18 outras pessoas
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Grande explicação

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