domingo, 13 de março de 2022

3,Vejo com inquietação....

 

3. “Vejo com inquietação o avanço da ignorância e da histeria”  (parte final)

Nos anteriores capítulos falei do livro “Admirável Mundo Novo” de  A.Huxley .Hoje vou falar das contradições do saber e não posso deixar de referir “A Rebelião das Massas” de J.Ortega y Gasset…notável pensador “hermano”.

Li-o antes dos meus vinte anos assim como Garcia Lorca, Jorge Amado, G.Garcia Marquez, Simone Beauvoir, Marguerite Yourcenar (esse imortal “Memórias de Adriano”),A. Saint-Exupéry (a “Cidadela” e “Petit Prince”),John Steinbeck(“Ratos e Homens” e a “25ª Hora”), Torga, Camilo, Herculano, Eça, F.Pessoa (Obra Poética/ edição, em papel bíblia, de S.Paulo-1960 que me acompanhou sempre nas viagens desde os meus 19 anos e ainda acompanha).Li outros calhamaços ou muito pequenos em tamanho como o que dizem ser -o mais bem escrito, de sempre (?)-  “A Crónica duma Morte Anunciada” de GGM. Também li, escrevi e investiguei Camões, Cervantes e Bocage e até o Luso-Tropicalismo de Gilberto Freyre. Isto nos tenros anos 50,60 e 70. Depois li muito mais como é óbvio, nunca esquecendo Saramago e para mim o seu eterno “Levantado do Chão”. Li bastante sobre geo-política e política, como entenderão. No meu exílio –sabiam (?) fui exilado na R.P.Angola- até 09.Set.1976. Exilado por irmãos de Abril e depois deste. Nesses seis meses,com o “frio” da tropical  angústia –sem filhos e família -voltei a ler o livro “Rebelião das Massas” que Edmar Edgar Vales , amigo assassinado no 27 de Maio de 1977,me havia emprestado. Fará algum sentido esta narração apologética narcísica? Faz. Na sociedade e “mundo” ignaros de hoje … Só alguns percebem como certas circunstâncias fazem sentido.

Acontece que em setembro passado numa entrevista que dei ao Jornal do Fundão,à ultima questão que me foi colocada, ficou lavrada a seguinte resposta.

 Vejo com muita inquietação este crescimento dos extremismos. Para mim o responsável é o sistema desumano, do capitalismo internacional, que se instalou no globo, descurando a felicidade humana e jogando com ela apenas por interesse material e lucro. A demagogia e o populismo manipulam os mais desfavorecidos e descontentes. Saber mais e melhor é preciso para distinguir oportunismos assaz perigosos…

Isto foi dito, por mim, seis meses antes da invasão da Ucrânia. A nossa sociedade (a não alienada e até a alienada) clamava por mal-estar permanente.

Nós os portugueses. É neles que me preocupa (nos preocupa) ver com inquietação o avançar da ignorância e da hipocrisia. Ou não? Éramos ou estávamos reféns :

3.1.-Internamente: -*Reféns de uma cultura “de poder pelo poder” em vez “do poder pelas pessoas, pelas nossas gentes”…

*Reféns pela mentira, pela manipulação, pelo “faz de conta”…

*Reféns pelo angariar clientelas a todo o custo…criando elites sôfregas por lugares ao sol…e que por aí vão propagando formas de estar e de vivência nada condizentes com o espírito de Abril…

*Reféns de se fazerem de “ouvidos moucos” das verdadeiras necessidades e ensejos do povo trabalhador…

*Reféns de acções constantes dum asfixiar das responsabilidades cívicas e dos direitos de participação e da cidadania activa que Abril abriu…

*Reféns,por muito que nos custe, do prodígio da incompetência e da estratégia do suicídio…que o mais pessimista de nós nunca esperaria após o 25 de Abril…

*Reféns da ilusão de alternativas salvadores mas que apenas têm escondido o papel de afundadores do País de Abril, repetindo e alternando a farsa a que se entregaram nestas cinco décadas…subvertendo na prática as normas, os fundamentos e as linhas orientadoras da Constituição de 1976…e até querendo atribuir-lhe os males do País…

*Reféns pela incapacidade de desmontar uma intensa ofensiva ideológica levada a cabo pelos órgãos de comunicação, propriedade do grande capital, cujo objectivo tem sido criar condições favoráveis à continuação da política dos poderosos…e à desqualificação da vida dos trabalhadores…

*Reféns da corrupção, da apropriação, assalto e esbulho aos bens, que supostamente deveriam estar ao serviço de todos os cidadãos, mas têm servido para a criação de coutadas geradoras de lucros e escandalosas remunerações e prémios anuais recordes do mundo …

*Reféns, pecado maior, do mando dos grupos financeiros e económicos nacionais, a cuja subordinação, esta nossa democracia já compete com os piores tempos da ditadura…

E, ainda mais , a nível global, éramos ou estávamos reféns:

3.2-Externamente: -*Reféns duma débil e falsa União Europeia (um gigante de pés de barro)para onde partimos (em 1985) apenas com dez anos de democracia e com um estrondoso atraso estrutural económico (herdado da ditadura) que só por si merecia, como muitos avisaram, outro tipo de negociações, outras cautelas, leviana e festivamente, desprezadas…

*Reféns da incapacidade de fazer valerem os pontos de vista nacionais, submissos à abdicação e imposição que nos fragilizaram em sectores económicos vitais (como nas pescas, na indústria e na agricultura…) entre outras malfeitorias semelhantes…

*Reféns ou aliados à cegueira de não perceber que a crise internacional teve responsáveis…os mesmíssimos que agora a querem curar à custa dos mais fracos e dos que são sempre sacrificados: quem trabalha e produz…

*Reféns ou cúmplices da ignorância do que tem acontecido aos povos que recorreram à designada “ajuda externa” que não é mais do que um “eufemismo” porque significa tudo menos ajuda. É exploração, é especulação, é ingerência…

*Reféns duma lógica de integração capitalista que é o aumento da acumulação e concentração de capital dos grandes conglomerados de empresas, dos monopólios dos países mais ricos e desenvolvidos que não só engordam à custa do saque dos países do terceiro mundo, como também dos países menos desenvolvidos da U.E….

*Reféns, pecado ainda maior, de não perceber que as ditas crises financeiras resultam das crises do capitalismo e baseiam-se sempre na sobre-acumulação de capital na esfera da produção. Não perceber que perante as crises ou impasses o capital monopolista irá tornar-se mais agressivo, predatório e sem escrúpulos, intensificando a exploração dos trabalhadores. O objectivo é a redução do custo da força do trabalho…

*Reféns de não perceber ou ser cúmplices de que nenhum pacto, mecanismo ou programa de estabilidade, poderá, só por si, debelar a crise ou resolver as contradições do capitalismo, como ataque selvagem e bárbaro do capital contra os direitos e vida dos trabalhadores, das camadas populares e dos jovens… …

*Reféns de não compreender que com a continuação das politicas e dos comportamentos ,que teimosamente o Capital impõe ( perante o qual se têm vergado os responsáveis portugueses)…com a continuação dessas políticas o desemprego, a pobreza, e as contradições entre os estados-membros da U.E. irão aumentar, com graves consequências para os povos…

*Reféns de não entender que a escalada de ataques antipopulares atingirá todos os estados membros da U.E, porque o Capital Monopolista quer é reduzir o custo da força do trabalho, o seu objectivo fulcral é reforçar a competitividade não só em relação aos EUA, mas também em relação às forças emergentes como China, India e outras, com mão de obra muito mais baixa… a questão dos défices e dos endividamentos pode ser apenas e tão somente uma cortina de fumo…

Nós os portugueses. É neles que me preocupa (nos preocupa) ver com inquietação o avançar da ignorância e da hipocrisia. Ou não? Éramos ou estávamos reféns destes factores.

Milagre. Com a brutal invasão do capitalista “putinista”deixámos de estar reféns? Ou,ao invés, ainda podemos ficar mais presos, mais pobres e mais alienados?

O título do livro de J. Ortega Y Gasset engana os ingénuos e incultos. Não trata da revolta do povo sacrificado. Trata do povo massificado pela poluição corrente da atmosfera. Poluição igual a ignorância. Ignorância igual a POPULISMO ou a pior. Hegemonia do obscurantismo, obstáculo do progresso e da união cidadã para uma sociedade melhor, mais verdadeiramente igualitária e solidária. Menos enganosa e hipócrita.

Viva Abril. 

Manuel Duran Clemente

(Lisboa/Telheiras…13.03.2022)

 

sábado, 12 de março de 2022

CRONOLOGIA DAS INVASÕES AMERICANAS

 Cronologia das invasões norte-americanas no mundo

A quantidade de mortes pelas quais os americanos são responsáveis é de aproximadamente 110 milhões de pessoas. Nunca foram denunciados formalmente ante tribunais internacionais
A palavra imperialismo, quando usada para descrever o acionar belicista dos Estados Unidos ao redor do mundo, é considerada um termo exclusivo de comunistas, de intelectuais marxistas, e que pretende desqualificar as intencionalidades democratizantes do país do norte nas civilizações que são vítimas de governos ditatoriais. A história recente demonstra que a guerra do Iraque, de 2003, foi apoiada por uma opinião pública que foi previamente manipulada pela mídia nacional, que anunciava o envolvimento direto do Saddam Hussein no atentado às Torres Gêmeas e a produção de armas nucleares e outras químicas de destruição massiva. Após a invasão, nem a CIA, nem a NSA conseguiram provar a existência dessas armas, nem do envolvimento de Saddam Hussein nos atentados de setembro de 2001. As consequências da guerra foram de mais de 600.000 pessoas mortas, de forma direta ou indireta, e a de um país endividado, devastado pelo poder oriente médio. Em 2005, Nestor Kirchner, presidente da Argentina, contou para Oliver Stone, que Bush tinha falado para ele, em confissão íntima, que “Estados Unidos não se fez rico por ter políticas como as do plano Marshall e sim por fazer a guerra”. A guerra do Iraque, em definitiva, e sem ninguém com argumentos suficiente para rebater esse argumento, foi consequência do interesse dos Estados Unidos (O governo e os setores empresariais que sustentam suas políticas) em se apropriar da exploração do petróleo naquele país, e pelo negócio que resulta para USA (para os mega empresários da indústria das armas) entrar em conflitos armados destrutor da força de coalizão, liderada pelos Estados Unidos, que se estima, gastou mais de 800 bilhões de dólares na operação. Cineastas, historiadores e jornalistas ao redor do mundo denunciaram os fortes vínculos entre G. W. Bush e as empresas privadas de fabricação de armamentos, assim como os vínculos que essa família tem desde há décadas com os maiores empresários de petróleo do mundo. E que a guerra foi um agir oportunista dessas interessas para expandir seu poder em oriente médio. Em 2005, Nestor Kirchner, presidente da Argentina, contou para Oliver Stone, que Bush tinha falado para ele, em confissão íntima, que “Estados Unidos não se fez rico por ter políticas como as do plano Marshall e sim por fazer a guerra”. A guerra do Iraque, em definitiva, e sem ninguém com argumentos suficiente para rebater esse argumento, foi consequência do interesse dos Estados Unidos (O governo e os setores empresariais que sustentam suas políticas) em se apropriar da exploração do petróleo naquele país, e pelo negócio que resulta para USA (para os mega empresários da indústria das armas) entrar em conflitos armados.
1846/1848 - México – Invasão e ataque por causa da anexação, pelos EUA, da República do Texas;
1891 - Chile - Fuzileiros Navais esmagam forças rebeldes nacionalistas;
1891 - Haiti - Tropas debelam a revolta de operários negros na ilha de Navassa, reclamada pelos EUA;
1893 - Hawai - Marinha enviada para suprimir o reinado independente e anexar o Hawaí aos EUA;
1894 - Nicarágua - Tropas ocupam Bluefields, cidade do mar do Caribe, durante um mês;
1894/1895 - China - Marinha, Exército e Fuzileiros desembarcam no país durante a guerra sino-japonesa;
1894/1896 - Coréia - Tropas permanecem em Seul durante a guerra;
1895 - Panamá - Tropas desembarcam no porto de Corinto, província Colombiana;
1898/1900 - China - Tropas ocupam a China durante a Rebelião Boxer;
1898/1910 - Filipinas - Luta pela independência do país, dominado pelos EUA (Massacres realizados por tropas americanas em Balangica, Samar, 27/09/1901, e Bud Bagsak, Sulu, 11/15/1913; 600.000 filipinos mortos;
1898/1902 - Cuba - Tropas sitiaram Cuba durante a guerra hispano-americana;
1898 - Porto Rico - Tropas sitiaram Porto Rico na guerra hispano-americana, hoje 'Estado Livre Associado' dos Estados Unidos;
1898 - Ilha de Guam - Marinha desembarca na ilha e a mantêm como base naval até hoje;
1898 - Espanha - Guerra Hispano-Americana - Desencadeada pela misteriosa explosão do encouraçado Maine, em 15 de fevereiro, na Baía de Havana. Esta guerra marca o surgimento dos EUA como potência capitalista e militar mundial;
1898 - Nicarágua - Fuzileiros Navais invadem o porto de San Juan del Sur;
1899 - Ilha de Samoa - Tropas desembarcam e invadem a Ilha em conseqüência de conflito pela sucessão do trono de Samoa;
1899 - Nicarágua - Tropas desembarcam no porto de Bluefields e invadem a Nicarágua (2ª vez);
1901/1914 - Panamá - Marinha apóia a revolução quando o Panamá reclamou independência da Colômbia; tropas americanas ocupam o canal em 1901, quando teve início sua construção;
1903 - Honduras - Fuzileiros Navais desembarcam em Honduras e intervêm na revolução do povo hondurenho;
1903/1904 - República Dominicana - Tropas atacaram e invadiram o território dominicano para proteger interesses do capital americano durante a revolução;
1904/1905 - Coréia - Fuzileiros Navais dos Estados Unidos desembarcaram no território coreano durante a guerra russo-japonesa;
1906/1909 - Cuba -Tropas dos Estados Unidos invadem Cuba e lutam contra o povo cubano durante período de eleições;
1907 - Nicarágua - Tropas invadem e impõem a criação de um protetorado, sobre o território livre da Nicarágua;
1907 - Honduras - Fuzileiros Navais desembarcam e ocupam Honduras durante a guerra de Honduras com a Nicarágua;
1908 - Panamá - Fuzileiros invadem o Panamá durante período de eleições;
1910 - Nicarágua - Fuzileiros navais desembarcam e invadem pela 3ª vez Bluefields e Corinto, na Nicarágua;
1911 - Honduras - Tropas enviadas para proteger interesses americanos durante a guerra civil invadem Honduras;
1911/1941 - China - Forças do exército e marinha dos Estados Unidos invadem mais uma vez a China durante período de lutas internas repetidas;
1912 - Cuba - Tropas invadem Cuba com a desculpa de proteger interesses americanos em Havana;
1912 - Panamá - Fuzileiros navais invadem novamente o Panamá e ocupam o país durante eleições presidenciais;
1912 - Honduras - Tropas norte americanas mais uma vez invadem Honduras para proteger interesses do capital americano;
1912/1933 - Nicarágua - Tropas dos Estados Unidos com a desculpa de combaterem guerrilheiros invadem e ocupam o país durante 20 anos;
1913 - México - Fuzileiros da Marinha invadem o México com a desculpa de evacuar cidadãos americanos durante a revolução;
1913 - México - Durante a revolução mexicana, os Estados Unidos bloqueiam as fronteiras mexicanas;
1914/1918 - Primeira Guerra Mundial - EUA entram no conflito em 6 de abril de 1917 declarando guerra à Alemanha. As perdas americanas chegaram a 114 mil homens;
1914 - República Dominicana - Fuzileiros navais da Marinha dos Estados invadem o solo dominicano e interferem na revolução em Santo Domingo;
1914/1918 - México - Marinha e exército invadem o território mexicano e interferem na luta contra nacionalistas;
1915/1934 - Haiti - Tropas americanas desembarcam no Haiti, em 28 de julho, e transformam o país numa colônia americana, permanecendo lá durante 19 anos;
1916/1924 - República Dominicana - Os EUA invadem e estabelecem governo militar na República Dominicana, em 29 de novembro, ocupando o país durante oito anos;
1917/1933 - Cuba - Tropas desembarcam em Cuba e transformam o país num protetorado econômico americano, permanecendo essa ocupação por 16 anos;
1918/1922 - Rússia - Marinha e tropas enviadas para combater a revolução bolchevista. O Exército realizou cinco desembarques, sendo derrotado pelos russos em todos eles;
1919 - Honduras - Fuzileiros desembarcam e invadem mais uma vez o país durante eleições, colocando no poder um governo a seu serviço;
1918 - Iugoslávia - Tropas dos Estados Unidos invadem a Iugoslávia e intervêm ao lado da Itália contra os sérvios na Dalmácia;
1920 - Guatemala - Tropas invadem e ocupam o país durante greve operária do povo da Guatemala;
1922 - Turquia - Tropas invadem e combatem nacionalistas turcos em Smirna;
1922/1927 - China - Marinha e Exército mais uma vez invadem a China durante revolta nacionalista;
1924/1925 - Honduras - Tropas dos Estados Unidos desembarcam e invadem Honduras duas vezes durante eleição nacional;
1925 - Panamá - Tropas invadem o Panamá para debelar greve geral dos trabalhadores panamenhos;
1927/1934 - China - Mil fuzileiros americanos desembarcam na China durante a guerra civil local e permanecem durante sete anos ocupando o território;
1932 - El Salvador - Navios de Guerra dos Estados Unidos são deslocados durante a revolução das Forças do Movimento de Libertação Nacional - FMLN - comandadas por Marti;
1939/1945 - II Guerra Mundial - Os EUA declaram guerra ao Japão em 8 de dezembro de 1941 e depois a Alemanha e Itália, invadindo o Norte da África, a Ásia e a Europa, culminando com o lançamento das bombas atômicas sobre as cidades desmilitarizadas de Iroshima e Nagasaki;
1946 - Irã - Marinha americana ameaça usar artefatos nucleares contra tropas soviéticas caso as mesmas não abandonem a fronteira norte do Irã;
1946 - Iugoslávia - Presença da marinha ameaçando invadir a zona costeira da Iugoslávia em resposta a um avião espião dos Estados Unidos abatido pelos soviéticos;
1947/1949 - Grécia - Operação de invasão de Comandos dos EUA garantem vitória da extrema direita nas "eleições" do povo grego;
1947 - Venezuela - Em um acordo feito com militares locais, os EUA invadem e derrubam o presidente eleito Rómulo Gallegos, como castigo por ter aumentado o preço do petróleo exportado, colocando um ditador no poder;
1948/1949 - China - Fuzileiros invadem pela ultima vez o território chinês para evacuar cidadãos americanos antes da vitória comunista;
1950 - Porto Rico - Comandos militares dos Estados Unidos ajudam a esmagar a revolução pela independência de Porto Rico, em Ponce;
1951/1953 - Coréia - Início do conflito entre a República Democrática da Coréia (Norte) e República da Coréia (Sul), na qual cerca de 3 milhões de pessoas morreram. Estados Unidos são um dos principais protagonistas da invasão usando como pano de fundo a recém criada Nações Unidas, ao lado dos sul-coreanos. A guerra termina em julho de 1953 sem vencedores e com dois estados polarizados: comunistas ao norte e um governo pró-americano no sul. Os EUA perderam 33 mil homens e mantém até hoje base militar e aero-naval na Coréia do Sul;
1954 - Guatemala - Comandos americanos, sob controle da CIA, derrubam o presidente Arbenz, democraticamente eleito, e impõem uma ditadura militar no país. Jacobo Arbenz havia nacionalizado a empresa United Fruit e impulsionado a reforma agrária;
1956 - Egito - O presidente Nasser nacionaliza o canal de Suez. Tropas americanas se envolvem durante os combates no Canal de Suez sustentados pela Sexta Frota dos EUA. As forças egípcias obrigam a coalizão franco-israelense-britânica, a retirar-se do canal;
1958 - Líbano - Forças da Marinha invadem apóiam o exército de ocupação do Líbano durante sua guerra civil;
1958 - Panamá - Tropas dos Estados Unidos invadem e combatem manifestantes nacionalistas panamenhos;
1961/1975 - Vietnã. Aliados ao sul-vietnamitas, o governo americano invade o Vietnã e tenta impedir, sem sucesso, a formação de um estado comunista, unindo o sul e o norte do país. Inicialmente a participação americana se restringe a ajuda econômica e militar (conselheiros e material bélico). Em agosto de 1964, o congresso americano autoriza o presidente a lançar os EUA em guerra. Os Estados Unidos deixam de ser simples consultores do exército do Vietnã do Sul e entram num conflito traumático, que afetaria toda a política militar dali para frente. A morte de quase 60 mil jovens americanos e a humilhação imposta pela derrota do Sul em 1975, dois anos depois da retirada dos Estados Unidos, moldou a estratégia futura de evitar guerras que impusessem um custo muito alto de vidas americanas e nas quais houvesse inimigos difíceis de derrotar de forma convencional, como os vietcongues e suas táticas de guerrilhas;
1962 - Laos - Militares americanos invadem e ocupam o Laos durante guerra civil contra guerrilhas do Pathet Lao;
1964 - Panamá - Militares americanos invadiram mais uma vez o Panamá e mataram 20 estudantes, ao reprimirem a manifestação em que os jovens queriam trocar, na zona do canal, a bandeira americana pela bandeira de seu país;
1964 - Brasil - A operação Brother Sam foi a utilização da Marinha e Força Aérea dos Estados Unidos em apoio ao golpe de Estado no Brasil que depuseram o governo João Goulart
1965/1966 - República Dominicana - Trinta mil fuzileiros e pára-quedistas desembarcaram na capital do país, São Domingo, para impedir a nacionalistas panamenhos de chegarem ao poder. A CIA conduz Joaquín Balaguer à presidência, consumando um golpe de estado que depôs o presidente eleito Juan Bosch. O país já fora ocupado pelos americanos de 1916 a 1924;
1966/1967 - Guatemala - Boinas Verdes e marines invadem o país para combater movimento revolucionário contrário aos interesses econômicos do capital americano;
1969/1975 - Camboja - Militares americanos enviados depois que a Guerra do Vietnã invadem e ocupam o Camboja;
1971/1975 - Laos - EUA dirigem a invasão sul-vietnamita bombardeando o território do vizinho Laos, justificando que o país apoiava o povo vietnamita em sua luta contra a invasão americana;
1975 - Camboja - 28 marines americanos são mortos na tentativa de resgatar a tripulação do petroleiro estadunidense Mayaquez;
1980 - Irã - Na inauguração do estado islâmico formado pelo Aiatolá Khomeini, estudantes que haviam participado da Revolução Islâmica do Irã ocuparam a embaixada americana em Teerã e fizeram 60 reféns. O governo americano preparou uma operação militar surpresa para executar o resgate, frustrada por tempestades de areia e falhas em equipamentos. Em meio à frustrada operação, oito militares americanos morreram no choque entre um helicóptero e um avião. Os reféns só seriam libertados um ano depois do seqüestro, o que enfraqueceu o então presidente Jimmy Carter e elegeu Ronald Reagan, que conseguiu aprovar o maior orçamento militar em época de paz até então;
1982/1984 - Líbano - Estados Unidos invadiram o Líbano e se envolveram nos conflitos no país logo após a invasão por Israel - e acabaram envolvidos na guerra civil que dividiu o país. Em 1980, os americanos supervisionaram a retirada da Organização pela Libertação da Palestina de Beirute. Na segunda intervenção, 1.800 soldados integraram uma força conjunta de vários países, que deveriam restaurar a ordem após o massacre de refugiados palestinos por libaneses aliados a Israel. O custo para os americanos foi a morte 241 fuzileiros navais, quando os libaneses explodiram um carro bomba perto de um quartel das forças americanas;
1983/1984 - Ilha de Granada - Após um bloqueio econômico de quatro anos a CIA coordena esforços que resultam no assassinato do 1º Ministro Maurice Bishop. Seguindo a política de intervenção externa de Ronald Reagan, os Estados Unidos invadiram a ilha caribenha de Granada alegando prestar proteção a 600 estudantes americanos que estavam no país, as tropas eliminaram a influência de Cuba e da União Soviética sobre a política da ilha;
1983/1989 - Honduras - Tropas enviadas para construir bases em regiões próximas à fronteira invadem o Honduras;
1986 - Bolívia - Exército invade o território boliviano na justificativa de auxiliar tropas bolivianas em incursões nas áreas de cocaína;
1989 - Ilhas Virgens - Tropas americanas desembarcam e invadem as ilhas durante revolta do povo do país contra o governo pró-americano;
1989 - Panamá - Batizada de Operação Causa Justa, a intervenção americana no Panamá foi provavelmente a maior batida policial de todos os tempos: 27 mil soldados ocuparam a ilha para prender o presidente panamenho, Manuel Noriega, antigo ditador aliado do governo americano. Os Estados Unidos justificaram a operação como sendo fundamental para proteger o Canal do Panamá, defender 35 mil americanos que viviam no país, promover a democracia e interromper o tráfico de drogas, que teria em Noriega seu líder na América Central. O ex-presidente cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos.
1990 - Libéria - Tropas invadem a Libéria justificando a evacuação de estrangeiros durante guerra civil;
1990/1991 - Iraque - Após a invasão do Iraque ao Kuwait, em 2 de agosto de 1990, os Estados Unidos, com o apoio de seus aliados da Otan, decidem impor um embargo econômico ao país, seguido de uma coalizão anti-Iraque (reunindo além dos países europeus membros da Otan, o Egito e outros países árabes) que ganhou o título de "Operação Tempestade no Deserto". As hostilidades começaram em 16 de janeiro de 1991, um dia depois do fim do prazo dado ao Iraque para retirar tropas do Kuwait. Para expulsar as forças iraquianas do Kuwait, o então presidente George Bush destacou mais de 500 mil soldados americanos para a Guerra do Golfo;
1990/1991 - Arábia Saudita - Tropas americanas destacadas para ocupar a Arábia Saudita que era base militar na guerra contra Iraque;
1992/1994 - Somália - Tropas americanas, num total de 25 mil soldados, invadem a Somália como parte de uma missão da ONU para distribuir mantimentos para a população esfomeada. Em dezembro, forças militares norte-americanas (comando Delta e Rangers) chegam a Somália para intervir numa guerra entre as facções do então presidente Ali Mahdi Muhammad e tropas do general rebelde Farah Aidib. Sofrem uma fragorosa derrota militar nas ruas da capital do país;
1993 - Iraque - No início do governo Clinton é lançado um ataque contra instalações militares iraquianas em retaliação a um suposto atentado, não concretizado, contra o ex-presidente Bush, em visita ao Kuwait;
1994/1999 - Haiti - Enviadas pelo presidente Bill Clinton, tropas americanas ocuparam o Haiti na justificativa de devolver o poder ao presidente eleito Jean-Betrand Aristide, derrubado por um golpe, mas o que a operação visava era evitar que o conflito interno provocasse uma onda de refugiados haitianos nos Estados Unidos;
1996/1997 - Zaire (ex-República do Congo) - Fuzileiros Navais americanos são enviados para invadir a área dos campos de refugiados Hutus;
1997 - Libéria - Tropas dos Estados Unidos invadem a Libéria justificando a necessidade de evacuar estrangeiros durante guerra civil sob fogo dos rebeldes;
1997 - Albânia - Tropas invadem a Albânia para evacuar estrangeiros;
2000 - Colômbia - Marines e "assessores especiais" dos EUA iniciam o Plano Colômbia, que inclui o bombardeamento da floresta com um fungo transgênico fusarium axyporum (o "gás verde");
2001 - Afeganistão - Os EUA bombardeiam várias cidades afegãs, em resposta ao ataque terrorista ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001. Invadem depois o Afeganistão onde estão até hoje;
2003 - Iraque - Sob a alegação de Saddam Hussein esconder armas de destruição e financiar terroristas, os EUA iniciam intensos ataques ao Iraque. É batizada pelos EUA de "Operação Liberdade do Iraque" e por Saddam de "A Última Batalha", a guerra começa com o apoio apenas da Grã-Bretanha, sem o endosso da ONU e sob protestos de manifestantes e de governos no mundo inteiro. As forças invasoras americanas até hoje estão no território iraquiano, onde a violência aumentou mais do que nunca.
2011- intervenção militar na Líbia começou em 19 de março de 2011, quando as forças armadas de vários países intervieram na Guerra Civil na Líbia, apoiando à oposição do país que tentava derrubar o governo de Muammar al-Gaddafi e com o objectivo de criar uma zona de exclusão aérea no espaço aéreo líbio
2020: matou o GENERAL QASEEM SULEIMANI com certeza por conta do Petróleo . Irã anuncia descoberta de imenso campo de petróleo
Total de mortos promovidos pelos EUA atingiram 110 milhões de pessoas direto ou indireto. Sem ser denunciados em tribunais internacionais
Nenhuma descrição de foto disponível.
Tu, Fernando de Deus, Fernando Gago da Câmara e 204 outras pessoas
34 comentários
487 partilhas
Coragem
Coragem
Comentar
Partilhar

34 comentários

Mais relevantes