Minha frágil pequenina.És a igreja da minha aldeia.Nela vão rezar os fiéis do meu pensamento,deste substrato homem-divino que todos somos.
Já o és também,minha pequenina flor,quase botão de ontem,o outro sol que amanhã virá...
És toda a minha certeza dominada pela paisagem doce de uma vivacidade que extasia - desafio imparável de elementos: imperscrutáveis,superiores,transcendentes,sobre-humanos...
Mas já és!
E desse dom em que te vestes linda,queria eu vestir o mundo que te espera.Basta querê-lo, eu sei.
Mas mesmo que não aconteça,se o mundo te receber nu, submeter-se-á à coerente força do amor que trazes e daquele que te acompanhará de nós...
Vamos nessa ocasião ser perspicazes e com humildade vestir o mundo nu com o Amor que nos vais trazer.
Então festejaremos e o teu exemplo dará frutos sãos.
Contigo seremos mais...
... mais dois olhos onde há a verdade do mundo.
(1969/Nampula.Ao filho que nasceria em Setembro.Não foi rapariga ,foi rapaz:Frederico.)
sábado, 19 de dezembro de 2009
Há no teu olhar a verdade do mundo
Meu querido filho.Há no teu olhar a verdade do mundo!
O que o mundo é, não sei, nem amanhã saberei.
Se não ousasse ter um ponto de apoio onde fixe meus pensamentos( que este corpo alimenta)nada existiria que me merecesse respeito...
Mas tenho-te.
Tenho no teu olhar a verdade do mundo.E não sei como ela é.
Sinto-a com o teu olhar.Cheia de amor.
Cheia de ternura.Cheia de uma paz que não sou capaz de ver em mais ninguém.Todos clamam por ela,mas são demasiado conscientes e a sua voz perde-se num vendaval de cuidados.Mas tu não.Tu,até existes,e no bulício de hoje que abraças com teu "ser"está todo o sentido das manhãs cheias (tardes e noites) dos nossos dias.
Cheias de irrequietude!
Cheias de irreflexões!
Cheias de vazios a preencher de imediato!
Cheias dum sol que aquece!
Cheias de tempestades bonanças!
Cheias de força...duma força que transborda e chega até mim.Pai.
(1969/Nampula.Carta a André,quando fez dois anos...)
O que o mundo é, não sei, nem amanhã saberei.
Se não ousasse ter um ponto de apoio onde fixe meus pensamentos( que este corpo alimenta)nada existiria que me merecesse respeito...
Mas tenho-te.
Tenho no teu olhar a verdade do mundo.E não sei como ela é.
Sinto-a com o teu olhar.Cheia de amor.
Cheia de ternura.Cheia de uma paz que não sou capaz de ver em mais ninguém.Todos clamam por ela,mas são demasiado conscientes e a sua voz perde-se num vendaval de cuidados.Mas tu não.Tu,até existes,e no bulício de hoje que abraças com teu "ser"está todo o sentido das manhãs cheias (tardes e noites) dos nossos dias.
Cheias de irrequietude!
Cheias de irreflexões!
Cheias de vazios a preencher de imediato!
Cheias dum sol que aquece!
Cheias de tempestades bonanças!
Cheias de força...duma força que transborda e chega até mim.Pai.
(1969/Nampula.Carta a André,quando fez dois anos...)
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